segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Como eu fui parar em Brasília


Bom, essa é uma das incontáveis camas-de-gato que a vida me prepara para ampliar um pouco mais minha mente nesse mundinho.

Foi assim ao ir para Suiça, Portugal, Suiça de novo, Brasil.
Foi assim na basílica de Nossa Senhora Aparecida quando entrei com Alanis Morissette no ouvido.
Foi assim a primeira vez que fui a Minas, Ouro Preto, Lavras Novas, BH, e voltei casado e com uma filha.
Foi assim na segunda vez que fui a Minas, Juiz de Fora, Santos Dumont, Ouro Branco (ou Verde, não lembro), Ouro Preto, perdi a prova do vestibular da Ufop, BH e a mochila com roupas ficou na rodoviária de Friburgo!!
Foi assim em Taubaté com a família Nogueira.
Assim também no Mato Grosso, ainda pequeno, acho que muito mosquito.
Também nas incontáveis idas ao Rio, faculdade, larguei emprego certo em Niterói e faculdade de Artes porque pifei mentalmente.
Paraty duas vezes, Angra dos Reis. Mostra de Teatro de Rua.
Saquarema para aprender teatro.
Nova Friburgo para aprender cultura.

E agora, mais uma vez... Brasília! =)



Desta vez, o que vai me lançar a léguas de Cachoeiras é minha participação na II Conferência Nacional de Cultura, em março, para a qual fui eleito entre meus pares da Região Serrana para representar o Estado do Rio em nome de Cachoeiras de Macacu.


Seremos 44 Delegados Nacionais provenientes do Rio, e é uma ótima notícia que Cachoeiras esteja representada nesse bolo. Afinal, trata-se de uma Conferência de suma importância, em um momento em que a Cultura está vivendo um processo de edificação profunda em todo o território nacional através da reformulação das leis de incentivo, criação de sistemas de cultura em todos os níveis, conselhos, fundos, planos, vale-cultura, pontos de cultura, fundo do pré-sal, olimpíadas no Rio e tudo o que isso tudo acarreta.

Termos conseguido que Cachoeiras estivesse dentro dessa comitiva, é um sinal de que nossa cidade tem capacidade de articulação e já encontra alguma visibilidade de destaque no campo da organização cultural no interior do estado.

E, tendo sido eu eleito como representante da Sociedade Civil, e não do Poder Público, mostra ainda que cidadãos comuns como e eu você temos autoridade e competência suficientes para bancar a cidade em eventos desse porte. Cabe registrar que a Conferência de Cultura contou com a participação de mais de 3000 municípios brasileiros, firmando-se como a Conferência de maior adesão no Brasil - à frente de temas mais ordinários como Saúde e Educação. Cachoeiras de Macacu, assim representada, configura uma pequena elite cultural ao lado de outros tantos municípios que lá estarão, que juntos ao presidente Lula e ao Ministério da Cultura, escreverão a página mais importante que o país já viveu em matéria de políticas públicas para a Cultura. Elite não no sentido pejorativo da palavra, mas em seu aspecto de "liderança" e "referência".

(...)

Na viagem que farei no dia 10, levarei na bagagem a responsabilidade de escrever a História ao lado de tantos outros bravos guerreiros, muitos bem mais engajados e fortes que eu, e eu humildemente agradecido por poder aprender com todos eles, e também poder deixar minha marca na história deste país, agregando o nome de minha cidade à revolução cultural que se afigura diante de nós ao longo deste processo.

Aos que me confiaram esta missão, agradeço a oportunidade!

...falta agora, convencer a Josiane a me deixar levar a máquina fotográfica, que deixei debaixo de uma goteira no aniversário do meu irmão...! O_o

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Vou sair de mim no Carnaval

Teve um carnaval, acho que o do ano passado, em que saí fantasiado de mim mesmo.
Sim!
Usei uma máscara de "Wellington Lyra", e saí com a Jô e a Rádima pelas ruas.

Pena que não tenho nenhuma foto para publicar aqui, mas as pessoas que me encontraram naquele ano poderão comprovar esta sandice!

(...)

Neste ano, não sei ainda... Queria muito, muito mesmo, que houvesse algum tempo sobrando entre hoje e semana que vem, para eu confeccionar os tão sonhados "Bonecões" gigantes, tipo esses de Olinda, para desfilar com cinco ou seis amigos pelas ladeiras do centro, recriando Pernambuco em Macacu.

A ideia é homenagear o meu saudoso avô Joãzinho Lyra, aquele da gráfica, que é filho do Recife - PE. Minha vó é de Natal, Rio Grande do Norte. Acho que um bloco de Bonecões seria uma bela homenagem à terra deles, a este nordeste multicolordo que tem tanto a ensinar às culturas elitistas do Rio de Janeiro...

O nome do bloco vai ser "Bezerra Delira", uma mistura do sobrenome do meu avô (Bezerra de Lyra) com o fato do delírio do carnaval, essa loucura que todos se permitem vivenciar na maior folia do mundo. Quero passar com eles num horário mais cedo, alternativo, e ao fundo só tocando maracatus, frevos, e as impagáveis cirandas de Lia da Ilha de Itamaracá, de onde meu pai conta histórias de sua infância...

Lembro que em carnavais pra trás, a gente que é do teatro ficava tão desajeitado no meio daquelas fantasias todas, o povo todo usando as roupas de personagens que a gente na verdade passava o resto do ano todo usando, em nossas peças!... Parecia que nós, trajando roupas comuns, estávamos fantasiados de nós mesmos num raro momento de "não-teatro" ao longo do ano.

Talvez daí tenha surgido a ideia da máscara de "Wellington Lyra"...

Então... voltando aos bonecões:

Queria criar uns bonecos que retratassem os personagens locais. Tenho ideia de alguns para os primeiros neste ano, mas fiquem à vontade para dar novas sugestões. Pensei em: meu avô, minha avó, Nande Cangalha, Tião Coronha e Julinho Roll. O brabo vai ser fazer uma bicicleta pro Tião, não sei como vai ficar isso...

No mais, se alguém tiver interesse em entrar para a História na cidade, é só marcar dia e horário pra gente carregar os gigantes pelas ruas da cidade!...