segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Poema O JEQUITIBÁ DE BOCA DO MATO



O JEQUITIBÁ DE BOCA DO MATO


Imponente veia verde no seio da Guanabara, 
ponto magnético na partilha das montanhas, 
anúncio imediato das serras fluminenses...

Abraçada à Mãe Terra por tentáculos centenários, 
esta árvore de porte inimaginável não é árvore. 
Traduziu-se a si mesma de árvore, 
com o intuito de melhor ser entendida.

Mais que árvore, 
este ser encantado, 
encouraçado de uma madeira grossa e bruta, 
cuja copa alcança e toca singelamente o céu... 
é uma entidade.

Uma manifestação encantada, 
viva, múltipla.
Ela é, em si, uma força religiosa.
De uma religião traduzida em madeira, 
seiva, raiz, folhagem.
Cuja doutrina despenca do alto 
em sementes voadoras, 
levando para outras terras 
a essência divina que lhe dá forma.


WELLINGTON LYRA
Dezembro/2010

4 comentários:

  1. Esta árvore-símbolo, que agora faz parte mais intensamente da minha vida, aproxima-me com o sagrado que a natureza me desperta. Amo estar lá e energizar-me!

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  2. É um privilégio morar próximo a esse verdadeiro campo de força!...
    Parabéns por esta escolha mais que acertada! =)

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  3. ...Um dia eu vou pra lá também! =)
    O melhor lugar do mundo!

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  4. Este poema é a coisa mais linda que já li!
    Representa exatamente o significado desta riquesa de "Árvore".
    Amanhã vou plantar meu Jequitibá que cultivo a um ano. Vou ler seu poema na hora em que ele for pra mãe Terra.
    Moro em Caraguatatuba e precisamos plantar muitas árvores neste mundão de Deus.

    Abraços

    Ivana da Natureza

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